BRS Pampeira

Origem: A ‘BRS Pampeira’ originou-se de cruzamento simples, envolvendo a variedade IR 22 (genitor feminino), introduzida do Instituto Internacional de Pesquisa em Arroz (IRRI), e a linhagem CNA 8502, que visava reunir maior resistência à brusone, rusticidade, potencial produtivo e qualidade de grãos.

Características morfológicas das plantas:
•    Tipo de planta: moderno
•    Porte: alto
•    Tipo de folhas: eretas e pilosas
•    Espiguetas: de cor palha/dourada
•    Aristas: ausentes

Características fisiológicas e agronômicas:
•    Vigor inicial: médio
•    Estatura média: 91,5 cm
•    Comprimento da panícula: 23,9 cm
•    Capacidade de perfilhamento: alta
•    Ciclo: 133 dias (emergência à maturação)
•    Toxidez por Ferro: moderadamente tolerante

Características físico-químicas dos grãos:
•    Classe: longo e fino
•    Casca: pilosa e clara
•    Peso médio de 1000 grãos: 27 g
•    Rendimento: 62% de grãos inteiros e 68% de renda total
•    Parâmetros de cocção (cozimento): alto teor de amilose e baixa temperatura de gelatinização.
•    Grãos gessados: baixa porcentagem

Tabela de grãos:

Tipo	Comprimento (mm)	Largura (mm)	Espessura (mm)
Com casca	9,20	2,10	2,00
Descascado	7,15	1,93	1,75
Relação comprimento/largura descascado		3,50

Qualidade industrial:
•    Grãos classificados como nobres pela indústria.

Reação a doenças:
•    Brusone na folha: moderadamente resistente
•    Brusone na panícula: moderadamente resistente
•    Mancha de grãos: moderadamente suscetível

Resistência a herbicidas:
•    Cultivar convencional.

Pontos fortes:
•    Elevado potencial produtivo, atingindo produtividades acima de 12 toneladas por hectare.
•    Alta qualidade industrial e culinária, sendo classificado como arroz nobre ou premium.

Área de adaptação: cultivar BRS Pampeira é recomendada para semeadura nas seis regiões orizícolas do RS, tendo a Fronteira Oeste como região preferencial, onde apresentou maior adaptabilidade ao ambiente favorável. No registro junto ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a cultivar também foi recomendada para os estados de Goiás e Mato Grosso do Sul (região Centro- Oeste); Tocantins, Pará e Roraima (região Norte); Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe (região Nordeste).